segunda-feira, 21 de maio de 2012

Palestras na Epifânio Dória/ Patrimônio de Aracaju


     Palestras iniciadas no dia 13 com o Professor doutor Antonio Lindvaldo que palestrou sobre as memórias de Francisco Moura e a importância da memória para um historiador. Seguimos então com a professora Maria Roseneide Santana que destacou a literatura como fonte para observar e estudar uma época,a  riqueza histórica da literatura.

    No dia 14 iniciamos com a palestra doutora Janaina Melo que falou sobre memória e patrimônio, nos trouxe  um sentimento muito forte de mudança nos aspectos acerca do nosso patrimônio, de nos tornarmos mais interessados, a importância da memória coletiva. A professora Maria Socorro nos apresentou um olhar sobre Aracaju e mostrando a relação de identidade com o patrimônio.


    No dia 15 quem ministrou foi o Fernando Soutelo,ele apresentou o surgimento de Aracaju, a mudança da capital. A palestra seguinte foi da professora Ana Conceição e de Marcos Paulo falando dos bens tombados de Aracaju e os inúmeros projetos acerca desses bens, as práticas de preservação e como é difícil essa preservação.


  Encerramos as palestras ocorreu no Museu do Homem Sergipano com Bené Santana com a semana com uma exposição de arte sobre a cidade de Aracaju,onde homenageia a cidade de Aracaju.

domingo, 25 de março de 2012

Relatório de visita técnica

                 Com a coordenação do professor Antônio Lindvaldo e auxílio do mestre Claudefranklin Monteiro, no dia 17/03, feriado da capital, aproximadamente 07h20min a turma de História (2012.1) iniciou a sua primeira visita técnica. Por volta das 11h chegamos ao Museu Arqueológico de Xingó (MAX). O passeio se estendeu até a cidade de Piranhas em Alagoas.

O MUSEU

                O Museu Arqueológico de Xingó encontra-se no extremo noroeste do estado de Sergipe, Brasil, no município de Canindé do São Francisco.
Trajeto da UFS até a cidade de Xingó
                Com a construção da Usina hidrelétrica de Xingó, a partir de 1988, levou a Universidade Federal de Sergipe (UFS) a criar, com o apoio da CHESF, um projeto para o salvamento dos materiais arqueológicos que seriam inundados. Foram feitos o levantamento e o mapeamento dos sítios nas áreas dos terraços e abrigos próximos ao rio São Francisco e seus afluentes, nos limites dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia. O MAX foi inaugurado no ano 2000, para que houvesse a continuidade da pesquisa. O material arqueológico nesta exposição é proveniente, em sua maioria, dos sítios: Sítios Justino e São José II.
                 O museu conta com mais de 50.000 peças e vestígios, mas apenas 2% desse acervo é exposto ao público, de uma forma bem dinâmica, é representado estudo dos sistemas socioculturais dos habitantes sergipanos há 9.000 anos antes do presente.
                Logo no primeiro setor do MAX a monitora nos mostra como é feito o processo de escavação, depois ela explica como foi dado o seguimento de habitação do território sergipano. Depois encontramos o salão “Grafiteiros do ontem”, onde vemos gravuras, pinturas rupestres (ou respectivas reproduções), feitas pelos paleoíndios. Chegamos então no setor que “cotidiano”, onde vemos utensílios (panelas feitas com barro, pedras usadas para caça) que retratam como viviam aqueles habitantes.

Foto que retrata o processo de escavação
"Grafiteiros do ontem"


                Somos levados para o salão “Morte”, vemos então como os paleoíndios tratavam a morte, os estudiosos trabalham com a hipótese que eles (antigos habitantes) acreditavam na reencarnação por isso enterravam junto com os seus semelhantes, seus respectivos adornos e acessórios.          

    
# Um apelo
                Com a visita ao MAX, nos foi relatado à ausência de muitos patrocinadores, onde empresas de grande porte abandonaram o auxílio ao museu, restando assim o apoio da Universidade Federal de Sergipe e da Chesf. É muito triste notarmos que o poder público não apoia a preservação de nossa memória cultural.

PIRANHAS/AL
                Almoçamos na pacata cidade chamada Piranhas Nova/AL, seguimos então para um passeio em Piranhas Velha (tombada pelo IPHAN) uma cidade que teve uma grande importância para o cenário do cangaço, lá encontramos o Museu do Sertão com várias informações sobre o cangaço na região.


                Depois desse passeio encantador, voltamos para Aracaju com aproximadamente 4h de viagem, sou muito grata por ter participado dessa visita técnica, pois além de todo o conhecimento adquirido pude conhecer melhor os meus colegas de curso. Obrigada mestres!

domingo, 11 de março de 2012

Vida & Obras de Ibarê Dantas




Ibarê Dantas


José Ibarê Costa Dantas nasceu em 1939, na cidade sergipana de Riachão do Dantas, filho dos latifundiários David Dantas de Brito e Miralda Costa Fontes. Teve sua formação pré-universitária dividida entre Bahia e Sergipe, alternando entre as instituições Colégio Maristas, na cidade de Salvador e Jackson Figueiredo em Aracaju. Logo após se formar, ingressou na Universidade Federal de Sergipe, no ano de 1965,cursando Direito e percebendo sua falta interesse neste curso, depois de dois anos, optou pela graduação em História.
Trajeto do Campus de São Cristóvão da UFS até Riachão do Dantas, cidade natal do historiador.

Exibir mapa ampliado 

          Ibarê fez mestrado em Ciência Política na UNICAMP, onde
engrandeceu seu vasto conhecimento nesse campo, contribuindo assim na sua pesquisa sobre política sergipana, tema abordado em várias de suas obras. Voltando para a sua atuação na UFS, foi fundador do núcleo de Pós-graduação em Ciências Sociais, que hoje se transformou em Mestrado e Doutorado em Sociologia.
            Apesar do interesse na política, o historiador sergipano não
participou ativamente de nenhum partido em toda a sua vida, porém teve contato e simpatia com alguns partidos, sendo eles o PT e PSDB.

Ibarê Dantas como presidente do IHGS
          Vale ressaltar como importante em sua carreira a sua participação no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE) como presidente,atuando como tal durante os anos de 2003 a 2010. Uma de suas maiores contribuições enquanto presidente do Instituto foi o início da digitalização dos documentos ali catalogados, facilitando assim, tanto a acessibilidade dos pesquisadores quanto a conservação dos documentos,
esses por vezes frágeis demais para o manuseio.  Ainda no primeiro ano de sua gestão, o uso de luvas para o contato com títulos frágeis se tornou obrigatório e o de máscaras, opcional.       
      
          Abaixo podemos ver as revistas do IHGSE do período da
gestão do já ex-presidente da instituição Ibarê Dantas, em cada uma dela tem uma contribuição do mesmo como a apresentação e os relatórios anuais (sempre realizados pelo presidente) e alguns artigos diferenciados redigidos pelo historiador.




            Muitas foram suas contribuições também para a
história de Sergipe, pois escreveu vários livros sobre a política vigente nos anos 60 até mais adiante. Grandes personalidades sergipanas como Florentino Menezes e Leandro Maciel também fazem parte de sua bibliografia. Segue no slide fotos da capa de algumas das obras de Ibarê, todas podendo ser encontradas e consultadas no IHGSE.





            Ainda vivo, Ibarê Dantas continua o seu trabalho intelectual no estado de Sergipe, sendo ele vice-presidente do IGHSE. O historiador foi reconhecido e homenageado por sua grande contribuição a sociedade sergipana com o Título de Doutor Honoris Causa(UFS), sendo assim contemplado uma grande personalidade do nosso cenário intelectivo. 



FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
MEDINA,Ana Maria Fonseca (0rg); Memória de ordem do Mérito Serigy. Aracaju : Prefeitura Municipal de aracaju,2005.414p.ilustrado.

NASCIMENTO, Afonso. Ibarê Dantas e a política sergipana,2012. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/ibar-dantas-pol-tica-sergipana-i-4889.html .Acessado em 02/03/2012

NASCIMENTO, Afonso. Ibarê Dantas e a política sergipana,2012. Disponível em: http://www.ufs.br/conteudo/ibar-dantas-pol-tica-sergipana-ii-4913.html .Acessado em: 02/03/2012

MONTEIRO, Claudefranklin. Ibarê Dantas – Dr. Honoris Causa,2010. Disponível em: http://www.jornaldodiase.com.br/viz_conteudo.asp?codigo=8520108351161101  .Acessado em: 05/03/2012